sábado, 26 de julho de 2008

" JUIZES DE DEVER "

O JUÍZ DE DIREITO É UM ADVOGADO
QUE DEFENDE PARTES CONFLITADAS
AS QUAIS GERALMENTE DEVERIAM
SER IGUALMENTE ACUSADAS

GUARDANDO NÃO POR CULPA NEM POR “DOLUS”
MAS POR OFÍCIO E DISCIPLINA OS PROTOCOLOS
DA LETRA “FRIA” QUE É IMUNE A PROTESTO
POIS VENCEU ANTES DA EMISSÃO E É INCESTO

PORQUE O LEGISLADOR QUE É NÃO JURISTA
LEGISLA COM FÉRREA TESTA E CALCULISTA
SEGUINDO AS ORDENS DOS LOBISTAS
E EM CAUSA PRÓPRIA E DE ANTEMÃO

DITANDO SUAS NORMAS À NAÇÃO
CUJA CONSTITUIÇÃO CONTINENTAL
ACABA COMPRIDAMENTE NÃO CUMPRIDA
PELA ENORME MONTANHA PROCESSUAL

QUE APESAR DA LUTA NUNCA É VENCIDA
PORQUE AS LEIS EXIGEM MAIS JUIZES “DE DIREITO”
DO QUE OS NECESSÁRIOS JUIZES “DE DEVER“
E SENDO ASSIM E COMO EFEITO

O TRIBUNAL TORNOU-SE UMA PARTIDA
EM QUE A JUSTIÇA CERTAMENTE VAI PERDER.
PORQUE NA DECISÃO POR PENALIDADE
REVOLTA-SE A SOCIAL TORCIDA
AO VER SÓ IREM ÀS REDES AS MUITAS DE GUDE

E AS BOLAS GRANDES DEFENDIDAS AMIÚDE
NESTE JOGO DA “INJUSTIÇA DEFENSIVA”
QUE ENCHE AS REDES DE FORMA MASSIVA

CHUTAM OS “BALÕES DE OURO” COM DELICADEZA
BATEM COM VIOLÊNCIA NAS BOLINHAS DA POBREZA
COMO AS PEQUENAS NÃO MUDAM O PLACAR
E AS QUE ALTERAM NUNCA VÃO ENTRAR

O TIME DOS DIREITOS É SEMPRE O CAMPEÃO
E O DOS DEVERES LANTERNA DA ÚLTIMA DIVISÃO
POIS O GOLEIRO DOS DIREITOS FICA EM VANTAGEM
SOBRE O COBRADOR DOS DEVERES NESSA REGRAGEM

SÓ RESTA O CHORO E SÓ FICA O GRITO
JÁ NÃO SE OUVE O SEM SENTIDO APITO
E O POBRE JUIZ SENTADO OBSERVA
TRANSFORMADO EM INOCENTE RÉU
DO BANCO TRISTE DOS RESERVAS.

CARTAS MARCADAS

Com tanto Fora-da-Lei
Fazendo Leis
A Justiça é impossível
Compreendeis?

Então desistais
Porque de antes já sabeis
Que de Justo há nada mais
Neste baralho só de Reis.

"PELA LEI DA RESPONSABILIDADE POLÍTICA"

Diariamente temos acompanhado pela Mídia o pipocar, por todo o Brasil, de escândalos e mais escândalos, envolvendo autoridades de todos os segmentos da atividade pública. Eles têm eclodido como acne e conferido à face da sociedade a mesma imagem dos rostos dos adolescentes, que vivem a ilusão, permanente, de acreditar que cada espinha nova que surge e espreme será a última, e seus rostos voltarão a ter a lisura infantil da seda. Porém, os pobres jovens, como a sociedade, sofrem e se deprimem por não compreenderem que, além das terríveis manchas na superfície resta, nos subterrâneos dos seus tecidos, um imenso rio de células putrefatas utilizando-se do princípio dos vasos comunicantes para, através de movimentos calculados e combinações malignas, escolherem os pontos em que há células fracas e já não muito sadias, para contaminá-las e lançarem novas e mais resistentes erupções, onde não possam ser alcançadas e espremidas pelos dedos.A população aplaude e aprova o excepcional, e nunca visto, trabalho científico de investigação e prisões de quadrilheiros, desenvolvido pela polícia federal. No entanto, retomando a analogia com os adolescentes, nos sentimos como os casais de jovens que, se desprecavidos, não podem realizar-se plenamente em suas brincadeiras sexuais, porque a Polícia Federal nos excita ao extremo quando “introduz” na cadeia os corruptos e, nós, desolados, à beira do clímax, precisamos interromper nosso gozo de justiça, porque a lei os “tira” e nos impede. Este é um dos sintomas de que nossa democracia é, ainda, adolescente e precisamos, como devemos fazer com todo o jovem nesta fase, procurar compreender seus problemas e, com carinho e sem perder as esperanças, a irmos lapidando e encontrando as melhores formas de educá-la. Já avançamos significativamente e precisamos garantir as conquistas de independência, seriedade e valorização da nossa Polícia Federal, expandindo esses valores para as outras corporações policiais e encontrando meios alternativos que a levem em segurança à vida adulta e nos possibilitem, através da descoberta do ponto “J”, de justiça, que, finalmente, venhamos a atingir o tão esperado orgasmo de cidadania, completo , com eles ficando “dentro” das cadeias. Todos somos responsáveis por esta tarefa e não devemos ficar na platéia, como meros expectadores, apenas vaiando e simplesmente reclamando. O papel de um cidadão é muito maior do que apenas votar, porque os políticos que elegemos são seres humanos imperfeitos, como nós, e, pelo que temos visto, vários deles, os de caráter defeituoso e não éticos, nos enganam nas campanhas eleitorais e, depois de eleitos, tiram suas máscaras e assumem suas condições de criminosos profissionais. Por estas razões temos o dever de, através de organizações, ou individualmente, participar do processo político, fiscalizando, denunciando e apontando as nossas propostas, por mais simples que sejam, pois não há uma “grande” solução para os problemas de qualquer sociedade e, sim, é o somatório das nossas pequenas contribuições que tornarão o ambiente social mais justo. Como exemplo de que não devemos sentir vergonha de nossas sugestões de solução e que elas podem colaborar, poderemos apontar, para aperfeiçoamento, a seguinte proposta para qualificação do quadro geral de políticos: a legislação entregou aos partidos o “direito” aos mandatos e muitos dos eleitos por determinada sigla tiveram que devolvê-los porque, após as eleições, decidiram, por interesses próprios, trocarem de agremiação. Pois bem, já que os partidos políticos são os donos dos mandatos, eles deverão, também, ser responsáveis por esses mesmos mandatos e deverá a lei os chamar a responder pelos atos dos que escolheram para exercê-los, em nome dessas pessoas jurídicas. Conseqüentemente, se um político ou servidos nomeado se corrompe e pratica crimes de roubos e desvios de recursos públicos, os partidos políticos deverão ser obrigados a indenizar o Estado por todos os danos causados. Isto forçará as direções dessas organizações partidárias a aperfeiçoarem a seleção dos candidatos e profissionais da sua confiança que apresentam à sociedade, sob pena de terem que arcar com as conseqüências de terem seus bens seqüestrados, se o partido não indenizar o Estado, e direitos políticos cassados. Se um cidadão comum empresta seu automóvel a uma pessoa inabilitada que comete um crime ao volante, é responsabilizado; se empresta uma arma de fogo que está registrada em seu nome, assume todos os riscos e é obrigado a responder pelas ações do outro e sofrer as conseqüências. Então, os partidos, da mesma forma, devem ser responsabilizados por emprestarem mal seus mandatos. Não é necessária muita inteligência para saber-se que, apesar de não ser a solução final, esta simples idéia causaria uma pequena revolução na nossa política e nossa adolescente democracia estaria bem mais próxima da condição de adulta. Diminuiríamos muito a presença de marginais e quadrilhas na vida pública. Assim como já existe a Lei de Responsabilidade Fiscal, precisamos estabelecer a “LEI DA RESPONSABILIDADE POLÍTICA”.

domingo, 20 de julho de 2008

A DIVISÃO DE PODERES EM “UM PAÍS QUE VAI PARA A FRENTE”

EM ORDEM CRESCENTE DE PODER

1 – Econômico Corruptor:
Este é o “Grande Capo” e seu poder é incomensurável, porque se encontra infiltrado em todos os outros poderes, através de seus longos e poderosos tentáculos. Nele é que se realiza, através de seus agentes políticos, os “L&L“ ( lobistas legisladores), a metamorfose das Leis em “procedimentos operacionais padronizados de segurança da quadrilha”. Suas várias sedes são cavernas acarpetadas e otimamente climatizadas, especialmente projetadas para que não sintam frio as prostitutas que dançam peladas. Estas são os motores propulsores da máquina de poder. Motores “Flex”, movidos a apartamentos, jóias e carros luxuosos. Abastecê-las é a razão principal da voracidade e fome deste poder por recursos públicos. Alguns teóricos sustentam a hipótese de que a alta direção deste poder sofre de múltipla impotência, desde a sexual até a de amar a sua própria família, pois nada sentem apesar de envergonharem seus próprios filhos.

2 – Igreja

Elemento fundamental para a sustentação do poder número um é ela que acalma o povo e elimina qualquer possibilidade de reação. Este poder faz parte do sistema de defesa do grupo. Ultimamente se tem observado movimentos que denunciam sua intenção de dar um golpe e assumir a liderança. As compras de canais de televisão, estações de rádio, investimentos financeiros em áreas teoricamente opostas ao que prega e a invasão do poder legislativo confirmam suas intenções.

3 – Legislativo
Com poucas e honrosas exceções é financiado e totalmente dominado pelo grupo dos “L & L”, que coordena as atualizações necessárias dos procedimentos de segurança individual e de todo o grupo. Seus membros são os “peões” neste jogo “sem xadrez” em que os “bispos” intentam tomar o papel do “rei”.

4 – Mídiático
Também foi invadido, contaminado e com unidades significativas tomadas pelos outros poderes acima dele. As que restaram, aparentemente livres, também cooperam e fazem parte, subliminarmente, desse estrutura. Apesar de denunciarem a quadrilha, paradoxalmente se submetem a aceitar dinheiro sujo quando assumem contas de propaganda das “lavanderias” do comando principal. O povo telespectador fica completamente confuso e não entende nada quando, logo após a denúncia de um golpista e corruptor surge, no intervalo comercial, a propaganda das empresas dos denunciados. Dá a impressão de que a mídia segue os mesmos princípios dos advogados que, por dever de ofício, defendem criminosos, mesmo sabendo que são culpados. Isto confirma a densidade e a massa do Poder Econômico Corruptor. Não seria esta, igual forma de corrupção?



5 – Judiciário
Este é o mais infeliz, incompreendido e injustiçado poder. Não consegue fazer justiça nem para ele mesmo. O Poder Judiciário, neste “país que vai para a frente”, teve seus pneus propositalmente furados pelos pregos enferrujados do legislativo incompetente e corrupto. Como o “borracheiro” é o próprio prego, este poder foi algemado e condenado a ficar estacionado, lá no longínquo passado, na companhia de uma velha e ameaçadora placa de “ Mantenha a Distância” . Sendo de sua alçada apenas fazer cumprir o que está escrito, assume, involuntariamente e inocentemente, a culpa pelas injustiças derivadas da obrigatória aplicação de leis que assassinam a democracia e que são obrigados a fazer cumprir. O Judiciário é na verdade vítima dos atos de esperteza e ludribriação dos que legislam em causa própria e transferem, ladinamente, aos olhos da população a imagem distorcida de que a Justiça não funciona. Quando acontece de cair este último pilar que sustenta e dá organização a uma sociedade, é assentada a primeira e perigosa pedra do fundamentalismo radical, que desperta os terroristas potenciais e os encoraja a assumirem os papéis de Juizes. Infelizmente, o contexto de época em que foi criada a Democracia não possibilitou a previsão desta fórmula circular que amarra este importante Poder. Precisamos elaborar uma “receita”, ou fórmula, de Constituição que redesenhe o sistema e esquente a letra “fria” da lei, a temperando, através do senso real de Justiça e não do estelionato legislativo, de forma que seja a espada cujo fio não escolha pescoço.



6 – Executivo
Finalmente, este último apenas agasalha a corte de um regime Frankenstein que mistura, no mesmo cadinho de matéria plástica, a representatividade com a ditadura econômica; o estado policial com o tráfico e o socialismo futebolístico com a monarquia carnavalesca cujo rei vive rindo porque conta com duzentos milhões de “bobos da corte”.

Este é o retrato da divisão dos poderes, neste “país que vai para a frente” da televisão sonhar e contentar-se com as fictícias vidas melhores das novelas. Como imutáveis avatares, geração a geração.