domingo, 20 de julho de 2008

A DIVISÃO DE PODERES EM “UM PAÍS QUE VAI PARA A FRENTE”

EM ORDEM CRESCENTE DE PODER

1 – Econômico Corruptor:
Este é o “Grande Capo” e seu poder é incomensurável, porque se encontra infiltrado em todos os outros poderes, através de seus longos e poderosos tentáculos. Nele é que se realiza, através de seus agentes políticos, os “L&L“ ( lobistas legisladores), a metamorfose das Leis em “procedimentos operacionais padronizados de segurança da quadrilha”. Suas várias sedes são cavernas acarpetadas e otimamente climatizadas, especialmente projetadas para que não sintam frio as prostitutas que dançam peladas. Estas são os motores propulsores da máquina de poder. Motores “Flex”, movidos a apartamentos, jóias e carros luxuosos. Abastecê-las é a razão principal da voracidade e fome deste poder por recursos públicos. Alguns teóricos sustentam a hipótese de que a alta direção deste poder sofre de múltipla impotência, desde a sexual até a de amar a sua própria família, pois nada sentem apesar de envergonharem seus próprios filhos.

2 – Igreja

Elemento fundamental para a sustentação do poder número um é ela que acalma o povo e elimina qualquer possibilidade de reação. Este poder faz parte do sistema de defesa do grupo. Ultimamente se tem observado movimentos que denunciam sua intenção de dar um golpe e assumir a liderança. As compras de canais de televisão, estações de rádio, investimentos financeiros em áreas teoricamente opostas ao que prega e a invasão do poder legislativo confirmam suas intenções.

3 – Legislativo
Com poucas e honrosas exceções é financiado e totalmente dominado pelo grupo dos “L & L”, que coordena as atualizações necessárias dos procedimentos de segurança individual e de todo o grupo. Seus membros são os “peões” neste jogo “sem xadrez” em que os “bispos” intentam tomar o papel do “rei”.

4 – Mídiático
Também foi invadido, contaminado e com unidades significativas tomadas pelos outros poderes acima dele. As que restaram, aparentemente livres, também cooperam e fazem parte, subliminarmente, desse estrutura. Apesar de denunciarem a quadrilha, paradoxalmente se submetem a aceitar dinheiro sujo quando assumem contas de propaganda das “lavanderias” do comando principal. O povo telespectador fica completamente confuso e não entende nada quando, logo após a denúncia de um golpista e corruptor surge, no intervalo comercial, a propaganda das empresas dos denunciados. Dá a impressão de que a mídia segue os mesmos princípios dos advogados que, por dever de ofício, defendem criminosos, mesmo sabendo que são culpados. Isto confirma a densidade e a massa do Poder Econômico Corruptor. Não seria esta, igual forma de corrupção?



5 – Judiciário
Este é o mais infeliz, incompreendido e injustiçado poder. Não consegue fazer justiça nem para ele mesmo. O Poder Judiciário, neste “país que vai para a frente”, teve seus pneus propositalmente furados pelos pregos enferrujados do legislativo incompetente e corrupto. Como o “borracheiro” é o próprio prego, este poder foi algemado e condenado a ficar estacionado, lá no longínquo passado, na companhia de uma velha e ameaçadora placa de “ Mantenha a Distância” . Sendo de sua alçada apenas fazer cumprir o que está escrito, assume, involuntariamente e inocentemente, a culpa pelas injustiças derivadas da obrigatória aplicação de leis que assassinam a democracia e que são obrigados a fazer cumprir. O Judiciário é na verdade vítima dos atos de esperteza e ludribriação dos que legislam em causa própria e transferem, ladinamente, aos olhos da população a imagem distorcida de que a Justiça não funciona. Quando acontece de cair este último pilar que sustenta e dá organização a uma sociedade, é assentada a primeira e perigosa pedra do fundamentalismo radical, que desperta os terroristas potenciais e os encoraja a assumirem os papéis de Juizes. Infelizmente, o contexto de época em que foi criada a Democracia não possibilitou a previsão desta fórmula circular que amarra este importante Poder. Precisamos elaborar uma “receita”, ou fórmula, de Constituição que redesenhe o sistema e esquente a letra “fria” da lei, a temperando, através do senso real de Justiça e não do estelionato legislativo, de forma que seja a espada cujo fio não escolha pescoço.



6 – Executivo
Finalmente, este último apenas agasalha a corte de um regime Frankenstein que mistura, no mesmo cadinho de matéria plástica, a representatividade com a ditadura econômica; o estado policial com o tráfico e o socialismo futebolístico com a monarquia carnavalesca cujo rei vive rindo porque conta com duzentos milhões de “bobos da corte”.

Este é o retrato da divisão dos poderes, neste “país que vai para a frente” da televisão sonhar e contentar-se com as fictícias vidas melhores das novelas. Como imutáveis avatares, geração a geração.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial