quinta-feira, 4 de setembro de 2008

ALÉM DA “PENA DE MORTE”...

                                            “Volta e meia” este assunto retorna à Mídia. Os argumentos dos dois únicos lados do debate são sempre os mesmos. Então, irresistivelmente decido participar dele, com a intenção de expressar a minha opinião sobre o tema, através de algumas poucas perguntas simples que formulo abaixo:

 

1ª Pergunta.

                                       Por que motivos não saem dos Zoológicos as feras mais perigosas do mundo, a não ser por raríssimas fugas derivadas da falta de cumprimento, por parte dos Tratadores, dos procedimentos padronizados de segurança?  Por que conseguimos fazê-los cumprir, rigorosamente, suas penas de Prisão Perpétua?

 

2ª Pergunta.

                                      Por que os condenados humanos que cometem os mais terríveis crimes saem das cadeias, quando entram, sejam através de freqüentes fugas(os pobres) ou por soltura prevista nos Procedimentos Operacionais Padronizados  para tratamento das Anomalias Sociais (os ricos)?

 

3ª Pergunta.

                                      Quais as razões para a Pena de Morte? Porque somos incompetentes e não conseguimos manter os presos no confinamento? E Por que não conseguimos? Porque as jaulas dos humanos são frágeis? Porque não são cumpridos com rigor os procedimentos de segurança? Ou porque alguns dos operadores da segurança são corruptos? Ou, ainda, porque o Sistema de Proteção da Sociedade não presta, porque não privilegia a visão de “Cultura de Crianças”( como plantinhas que necessitam de amor, alimentação, saúde, atividades culturais e esportivas) e trabalho para os adultos?  Não é uma vergonha para os humanos, que já somos capazes de viajar pelo espaço, compreender e decodificar os mais profundos segredos de nossa própria matéria, ter como única solução destruí-la, porque somos incapazes de enxergar as origens dos problemas que desorganizam a nossa convivência? Se os próprios animais classificados como irracionais se organizam e têm capacidade de manter suas organizações, que “razão” é esta de que tanto nos orgulhamos possuir? Se precisamos nos matar, pela incompetência, falta de vontade e interesses em manter as portas das cadeias semi-abertas para os filhos do privilégio.

 

                                      Se a  pena de morte serve para eliminar da sociedade os que poderão vir a recorrer no crime, apesar de que recorrem porque os presídios não cumprem seu dever e princípio histórico do Direito Penal de reeducar, estamos diante de uma terrível e fácil profecia: Certamente os próximos passos da humanidade serão no caminho da condenação de fetos à “PENA DE NÃO NASCIMENTO”, porque já existem pesquisas no sentido de identificar, geneticamente, futuros organismos humanos com tendências ao crime. Daí para as próximas penas de “ ESTERILIZAÇÃO” de “reprodutores” machos e “matrizes femininas” que apresentarem genes com “ficha criminal” potencialmente “suja” e, final e circularmente, à velha e inicial “PENA DE MORTE” para esses mesmos dois replicadores de  DNAS bandidos, será “um pulinho”, não mais. Confessaremos a já sabida e hipocritamente camuflada condição de “gado humano”.  

                                     Eu aproveito que estou invadindo este debate, para lançar um desafio a todas as Autoridades responsáveis pelos depósitos de humanos criminosos, principalmente os meninos e meninas, no seguinte sentido: Se não sabem como fazer, por favor, me convoquem a seus gabinetes acarpetados, que eu terei o máximo prazer em comparecer, sem cobrar ao menos um copo de água, como doação ao meu país e à minha sociedade, para ENSINÁ-LOS a fazer, porque não é preciso ter inteligência maior do que média para enxergar que o que falta é vontade para elaborar um sistema que, para ser eficaz, precisa ser humanizado, tanto na prevenção como na execução. A desculpa da falta de recursos é mentirosa e deslavada e é própria dos incompetentes e preguiçosos. Precisam ler Makarenko, antes de aceitarem posições que exigem conhecimento mínimo da espécie a que pertencem e que só reconhecem como composta de vacas e bois em forma humana.